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Dor e Luto Gestacional e Infantil: A Psicoterapia como lugar de escuta e acolhimento

  • Foto do escritor: Thaís Rozatto Psicóloga
    Thaís Rozatto Psicóloga
  • 26 de ago.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 16 de set.

Perder um filho é uma das experiências mais dolorosas que alguém pode viver, e o luto de perdê-lo na gestação é muitas vezes invisível, pouco compreendido, mas que carrega uma intensidade única. A mãe, o pai e a família sonharam, planejaram e se conectaram com esse bebê — e de repente, tudo se transforma em silêncio e ausência. Reconhecer essa dor é o primeiro passo para validar os sentimentos de quem sofre e oferecer o acolhimento necessário nesse momento tão delicado.

arranjo de flor em vaso

O luto gestacional e infantil acontece quando há a perda de um bebê, seja por aborto espontâneo, natimorto, morte neonatal ou falecimento na primeira infância. Diferente de outros lutos, muitas vezes ele é marcado pelo não reconhecimento social: frases como “você pode ter outro filho” ou “ainda estava no começo” podem intensificar o sofrimento, pois invalidam a experiência e o vínculo já existente.


Esse tipo de luto traz consigo emoções intensas como culpa, tristeza profunda, raiva, medo e até mesmo isolamento. Cada pessoa reage de uma forma: algumas buscam falar e lembrar do bebê, enquanto outras preferem o silêncio. O importante é compreender que não existe

uma maneira “certa” de viver o luto, mas sim um processo único e particular.


  • Na mãe: sentimentos de vazio, dificuldade em retomar atividades cotidianas, necessidade de falar sobre a gestação ou sobre o bebê perdido.

  • No pai: além da dor própria, muitas vezes há o papel de “fortalecer” a companheira, o que pode gerar sobrecarga emocional.

  • Na família: irmãos, avós e parentes próximos também sofrem, cada um à sua maneira, mas muitas vezes não encontram espaço para expressar seus sentimentos.


O luto não é algo a ser “superado”, mas sim integrado à vida. É possível seguir em frente sem esquecer o bebê, carregando sua memória de forma amorosa. Algumas formas de cuidado incluem:

  • Buscar apoio psicológico: a psicoterapia pode ser um espaço seguro para falar, elaborar a dor e encontrar novas formas de lidar com a perda.

  • Participar de grupos de apoio: estar em contato com outras famílias que viveram experiências semelhantes ajuda a diminuir o sentimento de solidão.

  • Criar rituais de despedida ou memória: escrever cartas, plantar uma árvore ou guardar objetos significativos pode ajudar a simbolizar esse vínculo.

  • Respeitar o tempo do luto: não há prazos. Cada pessoa tem seu ritmo para elaborar a perda.


O luto gestacional e infantil é profundo, único e merece ser respeitado. Nenhuma mãe ou pai deveria enfrentar essa dor em silêncio ou sem apoio. Se você está passando por esse momento, saiba que buscar ajuda não é sinal de fraqueza, mas de cuidado consigo mesma(o).



Se sentir necessidade, você pode agendar uma consulta de acolhimento psicológico para ter um espaço seguro onde sua dor será validada e acolhida. O primeiro passo pode ser


conversar, sem julgamentos, sobre tudo o que você está vivendo.

Você não está sozinha(o). O amor que você sente por esse bebê permanece, e seu luto é legítimo.


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